Rio+20: invistam na natureza, diz IUCN

20 June 2012 | Media statement

Os responsáveis pela implementação de políticas devem repensar o crescimento econômico, promover a igualdade social e assegurar a proteção do meio-ambiente, diz a IUCN (União Internacional pela Conservação da Natureza) durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD). Entre as principais questões estão a economia verde e a estrutura institucional no contexto do desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza.

“A natureza ainda é o principal tema das discussões da Rio+20, mas o desenvolvimento sustentável não pode ser alcançado sem ela”, explica Julia Marton-Lefévre, Diretora Geral da IUCN. “A natureza pode fornecer e fornece soluções para os desafios de desenvolvimento, tais como a mudança climática e a segurança em termos de alimentos, água e energia. É hora de os governos incluírem a natureza nas suas estratégias de desenvolvimento”. 

A IUCN apoia o desenvolvimento social e econômico que coloca a natureza no seu cerne e adota medidas que asseguram a justiça. Isso inclui questões críticas, tais como empregos decentes, energia,  desenvolvimento sustentável como resposta para a crise econômica e financeira, segurança alimentar, água, oceanos e prontidão perante desastres. Segundo a IUCN, a igualdade e a inclusão social são princípios globais das estratégias de desenvolvimento sustentável.

A Rio+20 é uma importante oportunidade para promover investimentos no fortalecimento dos bens naturais dos quais as comunidades mais pobres dependem. Por exemplo, o valor das florestas e do benefício direto que atualmente proporcionam a aproximadamente 1,6 bilhões de habitantes rurais pobres foi estimado pela IUCN em US$130 bilhões por ano, ou seja, quase a mesma quantidade de dinheiro direcionada à Assistência Oficial ao Desenvolvimento (ODA).

“A restauração das paisagens naturais irá ajudar os países a alcançarem os compromissos internacionais de reduzir, impedir e reverter a perda de florestas e carbono e de restaurar ecossistemas degradados. Ao enfatizar tanto as áreas de florestas como agrícolas, serão gerados rendimentos anuais no valor de bilhões de dólares para as economias nacionais e locais e será garantida a segurança alimentar de milhares de pessoas que dependem das florestas”, diz Stewart Maginnis, Diretor Global, Nature Based Solutions Group. “Isso deve incluir esforços conjuntos para investir no Desafio de Bonn de restaurar 150 milhões de hectares de florestas perdidas e terras degradadas até 2020”.

A IUCN pede que os governos façam mais em termos de coerência política e institucional. Entender a interação entre natureza e mudança climática irá gerar políticas e compromissos mais fortes.

“A Rio+20 é o lugar certo para dar um novo impulso à cooperação internacional”, sugere Constanza Martinez, Agente de Políticas Sênior, Unidade de Políticas Globais. “Os estados, as organizações da sociedade civil e o setor privado têm total consciência daquilo que precisa ser feito. Deve haver um compromisso para trabalhar conjuntamente em direção à mesma meta: proteger a natureza para que a natureza possa nos proteger. Devemos caminhar em direção a um planeta mais resistente”.

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